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5 FEV

Ômicron: tudo que você precisa saber sobre a nova variante da Covid-19

Pessoas com as duas doses da vacina permanecem protegidas de sintomas graves que levem à hospitalização, mas perdem parte da proteção contra a nova infecção

A variante do coronavírus Ômicron chamou a atenção das autoridades devido ao rápido avanço de contágio, mesmo em pessoas já vacinadas ou que já tivessem tido contato com o vírus da covid-19 anteriormente. Só nos Estados Unidos, 25% do total de casos de Covid-19 em dezembro ocorreram durante o surto da Ômicron, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. No Brasil, 98,7% dos casos de covid já correspondem à nova variante, conforme estudo feito pelo ITpS (Instituto Todos pela Saúde). 

A cepa se tornou dominante em diversos outros países: África do Sul, Reino Unido, França, Portugal, e outros. No mundo, os casos testados nos últimos 30 dias já correspondem a 71,9%, conforme levantamento feito pela rede global de laboratórios Gisaid e divulgação realizada pela OMS através de relatório epidemiológico semanal.
Quer saber mais? Siga a leitura e entenda melhor como a Ômicron atua e qual a sua diferença em relação a outras variantes.

Rápida disseminação

De acordo com pesquisadores da HKUMed (Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong), em uma análise feita em tecidos pulmonares, a Ômicron se multiplica 70 vezes mais rapidamente nos brônquios humanos. E o motivo da rápida disseminação, conforme estudos realizados pela Universidade de Harvard nos Estados Unidos, e pela Universidade de Genebra na Suíça, se deve ao fato de o novo vírus driblar a proteção obtida com a vacinação e com infecções anteriores. Ou seja, é possível ser infectado pela Ômicron mesmo já tendo tido covid anteriormente e tendo sido vacinado.

Inicialmente acreditava-se que a alta transmissão acontecia devido ao Ômicron possuir maior carga viral, porém após testes realizados em pacientes infectados com cepas diferentes (sendo a maioria Ômicron e Delta), foi identificada carga viral semelhante em todas as amostras.

Além disso, segundo a epidemiologista Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para a covid-19, a maior transmissibilidade da Ômicron se deve ao fato de o vírus se replicar no trato respiratório superior (nariz, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia), enquanto que em outras variantes, se replica principalmente no trato respiratório inferior (pulmões).

 

Sintomas

Apesar da maior transmissibilidade, a Ômicron geralmente causa sintomas mais leves. Conforme relatório divulgado pela Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido, pessoas infectadas com Ômicron apresentam um terço do risco de serem hospitalizadas, em relação às pessoas infectadas com Delta. Entretanto, é importante observar que, a Ômicron ainda sim, pode ocasionar internações hospitalares e até mesmo levar à morte, sobretudo no caso de pessoas não vacinadas.

Os sintomas mais comuns observados para a varia Ômicron, até o momento são: secreção nasal, dores musculares (principalmente na região lombar), dores de garganta e diarréia. Sendo a dor muscular, uma reação nova distintiva em relação às outras variantes. Já a perda de olfato e paladar, registrados em inúmeros pacientes que contraíram o coronavírus, não parecem estar entre os sintomas da Ômicron, conforme relatos de médicos na África do Sul.

 

Ômicron x Vacinação

 

Ainda que pessoas vacinadas com as duas doses sigam expostas à infecção pela nova variante, permanecem protegidas em relação à hospitalização.

 

Ademais, um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), indica que as duas doses da vacina Pfizer ou Moderna de fato não produz anticorpos capazes de neutralizar a Ômicron, mas uma a dose de reforço melhora consideravelmente a proteção.

 

Deste modo, é natural que algumas pessoas imunizadas peguem covid pela variante Ômicron, levando em conta que a concepção das vacinas é a de amenizar os sintomas da infecção, impedindo seu agravamento, internações e óbitos, e não necessariamente a de barrar a infecção. E, de acordo com os CDC (Centro de Difusão Científica) até o momento as vacinas se mostraram muito eficientes na prevenção de doenças graves.

 

Riscos de Reinfecção

 

Conforme relatório da Universidade Imperial College London do Reino Unido (o qual está em processo de revisão), a Ômicron apresenta 5,4 vezes mais chances de reinfecção do que a variante Delta. Ou seja, a proteção oferecida por uma infecção passada é bastante baixa, sendo de cerca de 19%, conforme aponta o estudo.

 

Além disso, a tendência é que a proteção oferecida pelas vacinas diminua com o tempo, conforme indica o médico Gregory Poland, diretor do Grupo de Pesquisa de Vacinas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. De acordo com ele, a dose de reforço permite aumentar a imunidade entre 75% a 80%.

 

Visto que não há garantia de 100% de imunidade, é recomendado que os cuidados como o uso de máscara e distanciamento continuem sendo seguidos.

 

Reforço Vacinal

 

O coronavírus surgiu há apenas dois anos, e o rápido desenvolvimento das vacinas considerou o combate à primeira forma do vírus. Desta forma, a indicação para reforço vacinal através de uma terceira dose do imunizante tem por finalidade o fortalecimento do sistema imunológico. Isso porque, a proteção adquirida com a terceira dose do imunizante, se torna maior e mais ampla.

Cuidados para tomar se infectado com a Ômicron

 

Uma pessoa infectada com covid através da variante Ômicron deve seguir o mesmo protocolo que até então vinha sendo praticado: deve avisar todas as pessoas que teve contato nos últimos dias, para que também façam o teste e certifiquem-se de não estarem infectadas, e deve evitar o contato com outras pessoas, ficando em isolamento por pelo menos 10 dias. Alguns órgãos diminuíram o tempo de isolamento para 5 dias, mas não é indicado por especialistas.

 

Conforme dados apresentados pelo médico Alexandre Zavaski, chefe do serviço de infectologia do Hospital Moinhos de Vento (RS), a respeito de um estudo feito no Japão, um paciente pode sim continuar transmitindo o vírus após 5 dias. Por este motivo, o infectologista recomenda que caso a pessoa deixe o isolamento após o 5º dia, é importante observar os seguintes aspectos:

 

1. Estar vacinada;

2. Não apresentar mais nenhum sintoma após o 5º dia;

3. Realizar teste rápido antígeno de covid para confirmação da negativa do resultado;

4. Utilizar máscara PFF2, bem ajustada no rosto, durante todas suas atividades.

 

Afinal, como alerta dado pela OMS, embora a Ômicron pareça menos grave se comparada com a Delta, especialmente para os vacinados, não significa que deva ser classificada como branda.

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